domingo, 2 de agosto de 2009

Não se julga um disco pelo número de faixas...


A notícia de que o sétimo álbum de Ana Carolina (em foto de André Schiliró) - Nove, nas lojas a partir da próxima sexta-feira, 7 de agosto de 2009 - teria somente nove faixas tem gerado comentários acalorados em Notas Musicais desde o post datado de 24 de julho. Nove faixas é um número realmente baixo para a era do CD, mas um disco jamais deve ser julgado pela quantidade de músicas. O último curto álbum de Adriana Calcanhotto, Maré (2008), tem apenas onze faixas e é um grande disco. No caso de Ana, um dos argumentos é de que, por ter nove faixas, o álbum deveria custar menos nas lojas. Argumento falho, a rigor, pois o que deve determinar o preço de um disco é o custo de sua produção e marketing. Por conta do luxo da produção (há cordas em quatro músicas), as nove faixas do disco de Ana Carolina - três produzidas por Alê Siqueira e seis pela dupla Mario Caldato e Kassin - podem custar (muito) mais do que 20 faixas de um hipotético CD gravado no econômico estilo voz-e-violão. Custos à parte, o que importa mesmo é se as nove faixas são boas e, a julgar por avaliações de Nove que já pipocam na rede (clique aqui para ler o faixa-a-faixa do blog Cantadas), até mesmo alguns fãs estão se decepcionando com a qualidade das composições do álbum. Enfim, logo o disco vai estar nas lojas com suas nove faixas e, como rege a lei do mercado fonográfico (e a de qualquer outro mercado), compra quem quer. Menos, às vezes, pode até ser mais.

Fonte: Blog do Mauro Ferreira

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