sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Ana Carolina faz 10 anos de carreira, estreia turnê e diz que não tem dificuldade para falar de sexo
RIO - Lançado este ano, "Nove", o mais recente CD de Ana Carolina, é um exemplo de concisão: nove músicas, pouco mais de 40 minutos, títulos curtos como "Era", "Resta", "Dentro". Mas na turnê nacional do álbum, que estreia nesta sexta-feira em São Paulo, entrará em cena a mesma Ana Carolina de sempre: provocativa e sempre disposta a jogar para a galera. Prestes a por o pé na estrada para celebrar 10 anos de carreira, ela chutou para longe a concisão conceitual do disco.
- O show traz quase todo o repertório do "Nove" (ela grafa "N9ve"), mas traz também sucessos que o público quer ouvir - avisa.
As meninas que costumam gritar a plenos pulmões nos shows, a ponto de abafar a voz da cantora, certamente ficarão felizes de poder fazer coro mais uma vez para hits como "Cabide" ou a escrachada "Eu Comi a Madona". Na discografia da cantora e compositora de 34 anos, sexo é tema recorrente e Ana Carolina está bem à vontade ao seu lado. Até enxerga função social para a desinibição com que aborda o assunto:
" Em muitos momentos, acho sim que possa ser porta-voz de algumas pessoas, principalmente de meninas que não tenham a oportunidade de se expressar tão claramente sobre estas questões "
- Para mim, dificuldade nenhuma (em cantar o sexo). Em muitos momentos, acho sim que possa ser porta-voz de algumas pessoas, principalmente de meninas que não tenham a oportunidade de se expressar tão claramente sobre estas questões - avalia.
Isso não significa que Ana Carolina se leve assim tão a sério. Ao contrário, ela adora confundir, mais do que explicar: ora se assume bissexual, ora declara que está "querendo namorar um cara" porque adora "homens para transar".
- Tem também o lado divertido, de falar de uma forma festiva sobre um assunto que é cada vez menos tabu e que está cada vez mais presente na vida das pessoas, como uma informação externa. Não há peso ou vantagem em fazer isto. Apenas oportunidade e desejo - diz ela.
Nos shows de "Nove", Ana Carolina terá a companhia de músicos que já acompanham há tempos, como Marcelo Costa (bateria), Leonardo Reis (percussão) e Yura Ranevsky (cello), além de André Rodrigues (baixo), Dirceu Leite (sopros) e do estreante Danilo Andrade, de apenas 18 anos, nos teclados. Ela empunhará seu violão sob a direção musical de Alê Siqueira e o comando cênico de Bia Lessa. Será um passeio por sua primeira década de música.
- O roteiro foi fechado a quatro mãos entre mim e a Bia Lessa. Partimos de uma visão destes 10 anos, de fases da carreira e também de músicas de outros autores que se integrassem na proposta de fazer um show com um acento bem urbano e que eu estou adorando cantar - avisa.
Na turnê anterior, "Dois quartos", imagens que sugeriam sexo sadomasoquista e pin-ups enfeitavam o ousado cenário. "Nove" também será seu impacto, ela diz, mesmo sem contar nada.
- Preparei surpresas, mas é claro não vou contar aqui...
"Nove" fica em cartaz até domingo no Credicard Hall, em São Paulo (com ingressos entre R$ 70 e R$ 180). No próximo dia 18, ela estará em Porto Alegre. Em dezembro, fará um show em Salvador e chegará ao Rio em janeiro, para apresentações nos dias 15, 16 e 17, no Citibank Hall.
Fonte: O Globo
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