segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ana Carolina e Jau atrasam e são vaiados


Quando os portões do Jardins do Éden Festival se abriram, às 21h de sábado, no Gran Hotel Stella Maris, mulheres que esperavam do lado de fora correram em busca de um bom lugar na frente do palco. Mal sabiam o quanto teriam que esperar para ouvir a mineira Ana Carolina. O público acreditava que o o show estava marcado para começar às 21h, horário que constava de fato nos ingressos, mas a produção explicou que esta era a hora de abertura dos portões, a apresentação começaria somente às 22h.

Às 23h, as vaias já haviam pipocado entre a multidão. Alguns mais jovens tentavam manter a pose, conversando displicentemente: moças de bocas brilhantes, rapazes bem penteados. Pelos cantos, as mulheres desciam do salto, sentavam-se no chão e demonstravam irritação. Kátia Reis, 33, achou a situação desrespeitosa. "Até agora ninguém da produção veio dar uma justificativa pelo atraso", disse. João Bosco, 60, acreditava que iria encontrar um show com melhor organização e pontualidade por conta do valor do ingresso: R$ 180, inteira, e R$ 90, meia.

Para combater o estresse, o público só tinha como opção recorrer às sessões de massagem relaxante. De graça, pelo menos. O serviço de bar até que funcionou bem, com algumas opções de lanche e bebidas. Ao espaço da revista Contigo!, apenas convidados tinham acesso. De famosos, lá estavam apenas a atriz Suzana Pires, a Ivonete da novela Caras & Bocas, e a cantora baiana Thati.

Quando a produção do evento finalmente subiu ao palco, às 23h25, para se desculpar e dizer que o show não demoraria a começar, foi recebida com uma forte vaia. Cinco minutos depois, eis que surge Ana Carolina.

Antigos hits – Num cenário bem cuidado em que uma cortina fina permitia ver a cantora atrás da projeção de um céu com nuvens, Ana Carolina apareceu suspensa no ar, cantando Que se danem os nós. Só que não se ouvia sua voz. Um problema no áudio fez com que a primeira parte da canção ficasse prejudicada. No fim desta, mais um coro de vaias. A segunda canção do repertório, 10 minutos, do disco e show novos, N9ve, ganhou aplausos.

Somente depois da terceira música, a cantora se dirigiu à plateia, dizendo que "é sempre bom estar em Salvador". Em seguida, tocou Era, sua canção preferida do disco mais recente. A maior empolgação do público, no entanto, ficou guardada para sucessos anteriores, como Entre olhares (quando casais se abraçaram por todos os lados), Rosas, É isso aí e Elevador.

Quando Ana Carolina balançou os ombros no ritmo da batida da música 8 Estórias, as mulheres gritaram e se agitaram próximas ao palco, como aconteceu em outros momentos de maior interação. No bis, ela cantou Garganta, e encerrou o show com menos de uma hora e meia de duração.

Jau levantou o público – Jau também começou sua apresentação com atraso. Passava das 2h20 da madrugada quando o cantor subiu ao palco, sob vaias. Diferente do show anterior, o público se empolgou imediatamente com a primeira música, Flores de favela.

Pouca gente da plateia, de cerca de quatro mil pessoas, foi embora. O show seguiu animado, com muita dança e o som um pouco mais alto do que na apresentação de Ana Carolina. Jau terminou o show pedindo desculpas pelo atraso, sob aplausos do público.

Fonte: A Tarde Online

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